Revista de Arqueología Histórica Argentina y Latinoamericana
Vol. 18, Núm. 1, janeiro - junho 2024. ISSN 2344-9918
Asociación de Arqueólogos Profesionales de la República Argentina
Editorial

CARTA
DOS EDITORES

Esta nota editorial corresponde ao primeiro número da décima oitava edição da Revista de Arqueologia Histórica e Latinoamericana, referente ao primeiro semestre do ano de 2024.

No que se refere ao conteúdo, o presente número é composto por dois artigos originais, ambos avaliados por renomados especialistas.

O trabalho de Andrés Díaz Lomovasky, Catalina Venegas Peña, Nissin Arellano Buzeta e Axel Caro Bustos realizado no Regimento de Puente Alto faz parte do projeto de recuperação dos espaços utilizados durante a ditadura civil-militar. Como parte desse processo, realizado pela Asociación Memorias en Resistencia Provincia Cordillera, foi realizado um trabalho de prospecção arqueológica através do sistema GIS para identificar os vestígios arquitetônicos das estruturas originais do Regimento. Diante das políticas negacionistas, a equipe propõe recorrer à arqueologia posicionada para recuperar e tornar visíveis as memórias ocultas por meio da práxis política e social.

O artigo a seguir, de autoria de Analía Castro Esnal, Cecilia B. Pérez de Micou e Silvia Perla García, apresenta o caso de uma estrutura de pedra encontrada na região sudoeste de Chubut (Argentina), conhecida como “Corral de los Tehuelches” pelos habitantes locais. Entre as atividades realizadas para descobrir a origem da mesma, os pesquisadores conduziram entrevistas com a população local, abordaram fontes documentais primárias e realizaram trabalho arqueológico de campo. A hipótese resultante sustenta que essa estrutura de pedra fazia parte de circuitos comerciais baseados no manejo de gado de grande porte no final do século XIX e início do século XX.

Por fim, Christiam Paúl Aguirre Merino, Gabriel Jarrín, Elizabeth Guilcapi e Fernando Montenegro apresentam uma análise detalhada da paisagem pré-hispânica da microbacia hidrográfica do rio Guano, nos Andes equatorianos, durante o século XVI. Esse trabalho explora como as sociedades Puruhá interagiam com seu ambiente físico, social e simbólico, utilizando uma abordagem integrada que reúne dados arqueológicos, etno-históricos e bioculturais. Entre os resultados mais notáveis, o artigo destaca o uso da cabuya (Furcraea andina) como um elemento central para as dinâmicas econômicas e sociais da região, assim como a importância simbólica dos vulcões Igualata e Chimborazo nas práticas cerimoniais. Além disso, foram identificadas evidências de continuidades culturais na toponímia local e nas estratégias agrícolas, que nos permitem reinterpretar a paisagem como uma construção sociocultural complexa.

Com relação às redes sociais e ao alcance da divulgação da RDAHAYL, temos o prazer de anunciar que fazemos parte da Academia.edu, uma plataforma gratuita que promove a comunicação científica e aumenta a visibilidade dos pesquisadores e de suas produções. Atualmente, já disponibilizamos informações sobre as capas e índices dos números da revista nessa rede social.

Por fim, não podemos deixar de mencionar as mudanças que o Comitê Editorial está passando nos próximos anos. Cumprido um período de trabalho inestimável, despedimo-nos da nossa diretora Diana Acosta e da nossa editora Marina Smith, agradecendo-lhes o compromisso assumido no empenho em alcançar os melhores padrões científico-acadêmico para a RDAHAYL. Estas responsabilidades serão assumidas por María Laura Iamarino como diretora e Elisa Neira Cordero como chefe da seção de edição.

Comitê Editorial

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